Ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello antecipou já seu voto no capítulo do processo do mensalão em que se analisam acusações de lavagem de dinheiro e absolveu todos os seis réus.
Em julgamento nesta parte estão o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, os ex-deputados petistas Paulo Rocha (PA), João Magno e Professor Luizinho (SP), além de Anita Leocádia, ex-assessora de Rocha, e José Luiz Alves, ex-chefe de gabinete de Adauto.
"Esse item lavagem de dinheiro está a cobrar dos integrantes do tribunal uma reflexão sob pena de um elastecimento enorme do instituto de lavagem de dinheiro", disse quando fez a antecipação de voto em meio a um discurso do ministro sobre a necessidade do tribunal fazer uma reflexão sobre as acusações de lavagem de dinheiro.
Para ele, condenar muitos réus por esse crime levaria o Supremo Tribunal Federal (STF) a elastecer a doutrina sobre o delito. Marco Aurélio diz que só é possível condenar por lavagem quando há comprovação do dolo, da intenção de cometer o crime.
"Não quero assustar nenhum criminalista, mas vislumbro que teremos inúmeras ações penais no que são contratados por acusados de delitos gravíssimos e claro que poderão supor que os honorários, os valores estampados nos honorários, são provenientes de crimes".
Antes de Marco Aurélio, votaram o relator, Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandowski. O relator condenou Adauto, Rocha e Magno, e absolveu os demais. Lewandowski absolveu todos e foi seguido por Marco Aurélio.
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