Wednesday, October 24, 2012
Guiné-Bissau: Alerta internacional para aumento do tráfico de droga
O tráfico de drogas está "claramente a aumentar" na Guiné-Bissau, desde o golpe de Estado de abril pelos militares. O alerta é do diretor da agência da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC), Yuri Fedotov.
"Infelizmente, é claro que o transbordo de drogas através da Guiné-Bissau está a aumentar. É um desafio adicional", disse.
Fedotov afirmou ainda que a UNODC mantém um "muito baixo perfil" na Guiné-Bissau, nomeadamente apoiando a unidade contra a criminalidade internacional recentemente criada.
"Não temos quaisquer contactos com membros da Junta Militar. Mas estamos a manter os modestos ativos que edificámos, em coordenação estreita com todos os programas e fundos da ONU presentes", adiantou.
No mais recente relatório sobre as atividades da ONU na Guiné-Bissau, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirma que o narcotráfico está a aumentar desde o golpe de Estado de abril, e a situação humanitária degradou-se, exigindo resposta mais firme e concertada da comunidade internacional. "Há registo de aumento das atividades de tráfico de droga" no país, com a situação de fragilidade política na Guiné-Bissau a reduzir "significativamente" a capacidade de policiamento, criando "uma oportunidade de intensificar o crime internacional organizado e o tráfico de droga".
O secretário-geral da ONU lançou um apelo à comunidade internacional para se envolver mais no combate ao fenómeno "através de apoio financeiro, infraestrutural, logístico e operacional", mantendo-se "empenhada em lidar com esta ameaça não só na Guiné-Bissau, mas também nos países de origem, trânsito e destino de drogas".
Este mesmo alerta já tinha sido feito recentemente ao Conselho de Segurança pelo representante do secretário-geral da ONU para a África Ocidental, Said Djinnit, que disse que as redes de narcotráfico estão mais ativas e influentes nos últimos meses. Nessa reunião, Fedotov afirmou que a situação na Guiné-Bissau "continua a ser uma séria preocupação" e que "há medos em relação às ligações entre elementos das forças militares e o narcotráfico".
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