Wednesday, October 24, 2012
Guiné-Bissau: Advogados de defesa de Carlos Gomes Júnior esperam processo-crime
O colectivo de advogados de defesa do Primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, aguarda que alguém instaure um processo-crime contra o seu constituinte, para que passem para o campo da justiça as acusações públicas de envolvimento em casos dos assassinatos políticos dos últimos anos no país.
Ruth Monteiro, porta-voz do colectivo, lembra que já foi instaurado um processo-crime contra o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, junto da Promotoria da Justiça Militar. Por isso, espera que o mesmo suceda com Carlos Gomes Junior.
"Esperamos que isso seja feito dado que já está a ser acusado, porque julgamentos públicos não são desejáveis e, se assim for, vamos entrar num campo perigoso, atingindo a honra e a dignidade de pessoas", referiu a porta-voz do colectivo.
Ruth Monteiro, considera que já há muito tempo que as pessoas são acusadas sem processo-crime, afirmando contar com apoio de instituições do Estado guineense e a sociedade em geral no processo instaurado contra António Indjai.
"Se Carlos Gomes Júnior cometeu um crime deve sentar-se no banco dos réus e se for o António Indjai também deve ser levado à justiça". "Desde há alguns anos têm havido acusações que não tiveram evoluções nem forma instauradas. Chegou a altura de mostrar que as leis funcionam na Guiné-Bissau e que este processo vai ter o devido tratamento por parte das autoridades", acrescenta.
O colectivo de advogados avançou com o processo-crime em defesa de Carlos Gomes Júnior. Até à data, o Tribunal Superior Militar não reagiu oficialmente junto do coletivo de advogados do Primeiro-ministro deposto há sete meses do poder da Guiné-Bissau.
A queixa-crime foi levantada contra o chefe de Estado-maior das Forças Armadas, António Indjai, e demais envolvidos no golpe de Estado de 12 de Abril. Os suspeitos foram acusados pelos crimes de extorsão, agressão e invasão de propriedade alheia.
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